O boato: A vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) estaria provocando o aumento no número de casos de autismo.
A verdade: Essa história começou em 1998, quando um médico inglês publicou um artigo na revista britânica The Lancet, no qual afirmava que a vacina provocava autismo nas crianças. Anos mais tarde, ficou comprovado que os dados do trabalho foram forjados, e o texto foi retirado de circulação. Mas o estrago já tinha sido feito.Grupos antivacina começaram a espalhar a notícia e podemos ver os efeitos até hoje, com várias pessoas recusando a vacinação.
O boato: O site americano Your News Wire publicou, em 15 de janeiro de 2018, a seguinte manchete: “Médico quebra o silêncio: a vacina contra a gripe é o que está causando um surto mortal de gripe”. A informação foi rapidamente traduzida para o português e chegou por aqui. De acordo com o texto, um médico do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos teria afirmado que a vacina da gripe aplicada neste ano estaria matando as pessoas.
A verdade: A notícia já foi desmentida, mas o boato pode estar impactando os índices de imunização por aqui.
O boato: As vacinas não funcionam para prevenir doenças.
A verdade: A maioria das vacinas tem altas taxas de eficácia – a tríplice viral, por exemplo, apresenta proteção acima dos 95%. A imunização em larga escala possibilitou que hoje os jovens conheçam doenças como poliomielite, varíola e sarampo apenas de ouvir falar.
O boato: Há efeitos tóxicos para o organismo de uma substância usada como conservante na produção de vacinas, o timerosal, composto que contém mercúrio.
A verdade: Poucas vacinas ainda usam o timerosal. Nenhuma das vacinas para crianças e adolescentes contém o composto. As raras vacinas que têm esse conservante na formulação apresentam uma quantidade ínfima dele, que não oferece risco ao ser humano (se você consome pescado, provavelmente ingere índices superiores aos contidos na vacina).
Além da escola
O combate à desinformação pode acontecer na sala de aula, mas também ir muito além dela. Um exemplo? Eventos de esclarecimento aos pais, em que os alunos exponham o que foi aprendido, com o auxílio dos professores, poderiam ser muito úteis para conscientizar sobre a importância da imunização. Confira alguns pontos importantes sobre o tema:
Perigo é não vacinar
Segundo a pesquisadora Clarissa Damaso, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, “a chance de uma pessoa morrer por causa de uma doença é infinitamente maior do que ela morrer por causa da vacina contra essa mesma doença”. As vacinas podem ser produzidas de diferentes formas, mas, geralmente, envolvem o uso de partículas virais inativadas (como é o caso da vacina contra gripe) ou usam o vírus atenuado, ou seja, em uma forma pouco virulenta (é o caso das vacinas contra sarampo, rubéola, caxumba e varíola).
Decisão individual, prejuízo coletivo
Quando alguém decide não se vacinar ou não vacinar uma criança, está prejudicando toda a população, pois essa atitude compromete o que chamamos de imunidade de rebanho, que ocorre quando existe uma alta cobertura vacinal em determinada região. Se muitas pessoas estão vacinadas, aquelas que não podem se vacinar (devido a alergias, faixa etária, gravidez) ficam protegidas, pois, com muitas pessoas imunizadas, não há como o microrganismo circular naquela população. Ao contrário, se a cobertura vacinal for baixa, as pessoas não vacinadas terão maior risco de contraírem a doença. Esse é um dos grandes perigos do movimento antivacina.
Rosa Maria Pacheco Gravina
Parabéns a Michele Gravina.uma pessoa muito sábia e inteligente.que Deus conserve e abençoe muito.
Publicado em 17 de julho de 2018
Jussara Lemos
Parabéns, Michele!
Excelente texto! Muito útil e esclarecedor para todos!
Publicado em 17 de julho de 2018
Masako
Parabéns,Michele! pelo belo trabalho! Mais claro e objetivo, impossível. É um alento saber que temos professores como você! Obrigada.
Publicado em 18 de julho de 2018
Marina
Parabéns, Michele! Tema atualíssimo, redação excepcional, causa interessante e importante! Vc faz a diferença!
Publicado em 18 de julho de 2018
Danielly Brito
Parabéns pelo texto!! Parabéns também pela escolha da temática, extremamente pertinente neste momento!
Publicado em 18 de julho de 2018
Virgínia Samor
Arrasou Michele. Parabéns pelo excelente artigo!!!
Publicado em 19 de julho de 2018
Corine Costa
Parabéns Michele… irei usar seu artigo com minha turma do noturno…
Publicado em 19 de julho de 2018
Janina
Parabéns colega! Certamente sua matéria é essencial. Já lecionei sobre o assunto e este artigo só vem para acrescentar!!!
Publicado em 20 de julho de 2018
ADRIANA CRISTINA CABRAL DA SILVA TEXEIRA
Muito esclarecedor o artigo Michele, Parabéns! vou utilizá-lo em minhas aulas.
Publicado em 25 de julho de 2018
Cristiano Nogueira
Parabéns pelo trabalho Michele! Tema sempre importante de ser discutido com as gerações de alunos que temos. Também pesquiso assunto relacionado ao tema vacina. Grande abraço. Deus abençoe. Cristiano. Mestrando ProfBio/UFMG.
Publicado em 10 de setembro de 2018