Um pedaço de crânio, com três dentes; dois ossos de braço; lascas de costelas; dois fêmures. Antropólogos estão radiantes com esses restos de um homem que permaneceu 2 mil anos sob as águas nas redondezas da diminuta e bela ilha grega de Anticítera. Tudo indica que, pela primeira vez, será possível extrair de um humano com essa idade material genético de boa qualidade – e sem contaminantes.
A descoberta desses restos humanos foi feita recentemente pela equipe de antropólogos mergulhadores que estudam o que talvez seja o navio afundado mais famoso do mundo. Com cerca de 40 metros de comprimento, a embarcação mercante, descoberta em 1900 por caçadores de esponjas, tornou-se famosa pelo fato de nela ter sido encontrado o chamado ‘mecanismo de Anticítera’.

Mecanismo de Anticítera, capaz de reproduzir o movimento do sol, da lua e dos planetas. (foto: Wikimedia Commons)
Datado como sendo do ano 65 a.C., o artefato é tido como um ‘computador primitivo’ capaz de modelar os movimentos do Sol, da Lua e dos planetas. A engenhosidade da máquina – que lembra o mecanismo de um despertador – é tal que, ao longo deste último século, ela tem causado um misto de espanto, mistério e admiração. Um filme sobre ela (em inglês) está disponível na internet. Vale a pena ver.
Viajando pelo Mediterrâneo, o navio levava itens de luxo (vidros, peças de bronze, jarros, joias, jogos etc.) – provavelmente, para Roma.
Outros restos humanos já foram encontrados em outros navios naufragados – por exemplo, ‘Mary Rose’ e ‘Vasa’, embarcações com três ou quatro séculos de idade. Mas, até agora, não foi possível fazer uma análise genética detalhada e confiável desse material, por problemas técnicos. Muitas dessas peças acabaram lavadas, mantidas em conservantes e a temperaturas inadequadamente altas, sem contar a possível contaminação do DNA antigo com novo, o que não pode ser separado em métodos como o chamado PCR.

Pesquisador manipula osso encontrado na embarcação. (foto: Brett Seymour)
Segundo especialistas, as partes relativas ao crânio são as mais promissoras para a extração de DNA. Por que é tão importante assim obter o sequenciamento do material genético de uma pessoa que provavelmente viveu antes de Cristo?
Caso os pesquisadores norte-americanos e gregos consigam extrair e sequenciar o DNA, eles poderão inferir, por exemplo, a idade, a cor dos olhos e do cabelo, a ancestralidade e mesmo a origem daquele homem – que, por sinal, foi batizado Pamphilos, em referência a um nome encontrado num copo de vinho em meio aos destroços. Com esses dados, será possível levantar hipóteses sobre variação e movimento de populações, por exemplo.
É possível que Pamphilos tenha sido um escravo, pois seus ossos têm uma coloração avermelhada, típica da ação do ferro de grilhões sobre eles.
Acredita-se que o navio tenha sido jogado contra as rochas em uma tempestade, e que o evento tenha sido rápido, a ponto de não permitir que escravos acorrentados saíssem da embarcação. Ou, quem sabe, Pamphilos seja o astrônomo responsável pelo – ou construtor do – mecanismo de Anticítera.
Os pesquisadores – que são do Ministério da Cultura e dos Esportes da Grécia e da Instituição Oceanográfica de Woods Hole (EUA) – acham que pode haver mais restos humanos sob os escombros.
Cássio Leite Vieira
Ciência Hoje/ RJ
adriana de souza santos
bom
Publicado em 2 de outubro de 2018
Angela A Crispim
Sou fascinada pela paleoantropologia e antropologia.
Observo sempre publicações sobre o assunto.
Muito bom o texto.
Publicado em 18 de outubro de 2018
Cleiton
Be loko
Publicado em 23 de novembro de 2018
Rafa
Uma bosta
Publicado em 22 de novembro de 2018
Rafa
Uma bosta
Bem ruim seu fedido
Publicado em 22 de novembro de 2018
Cleiton
For o jonas
Publicado em 23 de novembro de 2018
Anônimo
Hehehe
Publicado em 1 de outubro de 2019
Anônimo
Vcs são engraçados
Publicado em 1 de outubro de 2019
tytyt
bosta
Publicado em 16 de outubro de 2019
Anônimo
Legal Miguel
Publicado em 16 de outubro de 2019
Doutorado
Congo
Congo
Congo
Congo
Congo
Congo
Congo
Belo visual
Publicado em 16 de outubro de 2019
Juniu
Olá, sou o JUNÍU é hoje vamos aprender sobre que esse artigo é uma BOSTA
Publicado em 16 de outubro de 2019