Autores convidados:
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Autores convidados:
Quem poderia imaginar que shows do Coldplay e aberturas de espetáculos esportivos se baseiam em muita geoinformação?
CRÉDITO: XYLOBANDS.COM / DIVULGAÇÃO
Já vivenciou alguma situação, seja em shows ou partidas de esportes, em que a organização de participantes ou artistas formava uma imagem? Tomemos como exemplo os jogos de futebol de um grande campeonato internacional em que todos os torcedores de determinado setor se deparam com um pedaço de uma imagem que isoladamente não tem muito sentido, mas quando agregada a outras partes constitui uma imagem completa, como um grande quebra-cabeça. As peças vêm com instruções detalhadas sobre como e quando levantá-las, além de alertas para não deslocá-las. Outro exemplo é o caso das apresentações de artistas que se organizam para que a disposição dos seus corpos numa dada posição forme uma imagem. O que esses dois exemplos têm em comum? Além dos esforços em memorizar uma coreografia composta por movimentos treinados para garantir uma lógica espacial, é preciso respeitar a localização dos elementos em um dado tempo estabelecido – o que em outras palavras, é traduzido como geoinformação.
Esse tipo de dinâmica, bastante comum em eventos de grande visibilidade por cativar o público pela beleza e complexidade envolvidas, está sendo cada vez mais realizado com o uso de geotecnologias. Podemos nos lembrar do show realizado durante a abertura das Olimpíadas de Tóquio, em 2020, no qual mais de 1.800 drones executaram uma complexa sequência de formas e figuras semelhantes às cenas projetadas por um holograma. Outro exemplo foi observado nos shows da banda britânica Coldplay, que, de forma mais pessoal e participativa, utilizou-se pulseiras personalizadas, as xylobands, distribuídas ao público para criar efeitos luminosos associados às músicas, produzindo efeitos especiais sincrônicos temporal e espacialmente.