O mundo vive uma crise sem precedentes: uma pandemia grave somou-se à pobreza extrema, migração em massa, crise hídrica, poluição, degradação ambiental e às mudanças climáticas. Esse cenário está em completo desacordo com os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), previstos para 2030.
Nesse panorama intricado, a bioeletroquímica e suas ferramentas podem dar contribuição importante. Essa ciência recente já acumulou sucessos: sensores de glicose vestíveis para diabéticos; imunossensores para diagnóstico de doenças tropicais e viroses; biocélulas a combustível; baterias de lítio aprimoradas cientificamente que auxiliam na mobilidade e comunicação humanas, no aproveitamento da biomassa e na adição de valor a rejeitos agroindustriais.
A lista de produtos e serviços em prol do bem-estar da população é longa e maior ainda a de artigos publicados. Mas, como em outras ciências recentes, há pela frente um longo caminho para a aquisição de conhecimento básico e sua transformação em bens sociais e industriais. Em algumas áreas, como a de biossensores, há perspectivas de curto prazo.
Marília Oliveira Fonseca Goulart
Thaissa Lúcio da Silva
Danyelle Cândido Santos
Felipe Cabral da Silva
Jadriane de Almeida Xavier
Instituto de Química e Biotecnologia,
Universidade Federal de Alagoas