Em busca de direitos para todos, 75 anos depois

Diretora da Anistia Internacional Brasil (AIB), Jurema Werneck destaca que preservar as vidas e a dignidade de todas as pessoas ainda é um grande desafio, apesar dos avanços obtidos com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948

CRÉDITO: DIVULGAÇÃO/ ANISTIA
INTERNACIONAL BRASIL

O símbolo da Anistia Internacional, uma vela cercada de arame farpado, é inspirado num provérbio chinês que diz que mais vale acender uma vela do que maldizer a escuridão. Para Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, há sempre algo que pode ser feito, mesmo quando tudo ao redor parece ruim. Mesmo que agora, 75 anos depois de proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em uma Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro de 1948, pareça haver pouco a se comemorar e ainda muitos desafios à frente.

Para Jurema, o maior avanço trazido com a declaração foi o impulso à criação de uma mente política da sociedade e das organizações que embasa a luta por direitos que persistem sendo privilégios de pequenos grupos. Na Anistia, as pautas são múltiplas, como causa indígena, segurança pública, luta por um ambiente saudável e combate à violência contra a população negra. “O direito precisa ser de todo mundo sem exceção, e todo mundo sem exceção pode fazer alguma coisa para garantir o direito de todo mundo”, diz Jurema, lembrando a campanha da Anistia, “Escreva por direitos”, em que a organização insta as pessoas a redigir cartas reivindicando direitos como forma de pressão às autoridades.