Revolução na obstetrícia

Problema de saúde pública, a febre puerperal foi responsável por altas taxas de mortalidade materna no passado até que o médico húngaro Ignaz Semmelweis sugeriu, no século 19, que a infecção poderia ser evitada com simples procedimentos de higiene: lavar as mãos.

A escritora britânica Mary Shelley (1797-1851), autora de Frankenstein, era obcecada por cemitérios. Na verdade, um em particular, o da igreja de Saint Pancras, em Londres, onde sua mãe, a feminista e escritora Mary Wollstonecraft, foi sepultada. Seu pai, o filósofo William Godwin (1756-1836), a levou para visitar o cemitério quando ela era criança. A pequena passava horas lendo os trabalhos da mãe, morta em 1797, dez dias após dar à luz. Mortes causadas pelo parto eram comuns na época. Mas uma descoberta simples viria a revolucionar a obstetrícia nos anos seguintes. 


No Brasil são 60 mortes por 100 mil nascidos vivos – taxa abaixo da média mundial, mas até cinco vezes mais alta do que a de países desenvolvidos

Leandro Lobo
Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
Universidade Federal do Rio de Janeiro