Dois representantes brasileiros marcam presença na segunda versão do Google Art Project, ferramenta que permite um passeio on-line pelo interior dos principais museus do mundo. O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e a Pinacoteca do Estado de São Paulo agora integram a lista de instituições que podem ser visitadas por qualquer um, a qualquer hora, a partir da ferramenta.
Lançada anteontem (03/04), a segunda versão do projeto traz 151 instituições de 39 países, dez delas na América Latina. Na primeira versão, que estreou em fevereiro de 2011, apenas 17 museus dos Estados Unidos e da Europa estavam disponíveis para visitação. Inicialmente, mais de 1.000 obras de 700 artistas estavam digitalizadas. Agora são ao todo cerca de 30 mil obras de 6 mil artistas.
O usuário pode ver diretamente as peças ou passear pelos corredores dos museus e observá-las nos locais onde estão expostas, por meio de imagens em 360º semelhantes às disponibilizadas pelo Google Street View. Mas nem todas as salas estão abertas à visitação virtual.
Na Pinacoteca, estão disponíveis apenas 98 das 9 mil obras que compõem seu acervo. No MAM-SP, foram selecionadas as 89 obras de uma exposição temporária, o 30º Panorama da Arte Brasileira, onde figuram nomes como Tarsila do Amaral. Essa mostra inclui peças que não pertencem ao acervo permanente do museu, que totaliza 5.500 obras.
Diferentemente do que acontece com outros museus que fazem parte do Google Art Project, somente uma obra de cada museu brasileiro foi escolhida para ser apresentada em altíssima resolução (7 bilhões de pixels). Esse é um dos mais incríveis recursos da ferramenta, que permite obter um nível de aproximação gigantesco da obra e ver até a sua textura. O MAM-SP escolheu o painel em grafite que fica do lado externo do museu e foi feito pela dupla Osgemeos. Já a Pinacoteca optou pelo quadro ‘Saudade’, de Almeida Júnior.
Apesar das restrições, a possibilidade de trazer uma amostra – ainda que pequena – da arte brasileira para dentro das nossas casas é bastante animadora. Resta a nossa torcida para que outros museus brasileiros se juntem à iniciativa.
Thaís Fernandes
Ciência Hoje On-line