Com laser nos dedos

As utilidades do raio laser são muitas: domésticas, industriais e científicas. Na ciência, muitas vezes, o uso é visível. Um corte a laser em uma cirurgia, por exemplo. Mas olaser pode ser usado em experiências menos visíveis a olho nu, como ocorre na utilização de pinças óticas – empregadas com frequência pelos pesquisadores para manipular partículas microscópicas.

Até hoje, pesquisadores cortam um dobrado para usar essas pinças com total precisão. Imagine: não é fácil, mesmo com a melhor das tecnologias, manipular aquilo que só se vê ao microscópio.

Os cientistas, usualmente, controlam o instrumento com a ajuda de um computador e por meio de um mouse similar a este que provavelmente está ao seu lado.

Está ao seu lado, claro, se você não estiver lendo este texto em um iPad, o famoso dispositivo em forma de prancheta lançado pela Apple que já está em sua segunda versão e virou febre mundial. A fama da nova tecnologia deve-se, entre outras qualidades, à solução precisa e elegante que a empresa desenvolveu para o uso de telas sensíveis ao toque. 

Leia artigo (em inglês) que descreve, com detalhes,
o ITweezers em ação

Quando uma turma de cientistas da Universidade de Bristol (Inglaterra) viu o iPad em ação deu-se conta de que aquela pranchetinha poderia ser a solução para a desagradável briga travada entre mouse versus pinças óticas.

Desenvolveram, então, o iTweezers (‘iPinças’, em português), aplicativo para o iPad que permite substituir o mouse – já rumo à obsolescência – pela moderna tecnologia de tela sensível ao toque do dispositivo da Apple.

Além de tornar a pinça ótica mais precisa, o aplicativo permite que o cientista manipule mais de uma partícula ao mesmo tempo. Na verdade, se o pesquisador for muito habilidoso, é possível ‘brincar’ com até 11 objetos microscópicos. Talvez falte mão.

Assista ao vídeo que mostra
o aplicativo para o iPad

Thiago Camelo
Ciência Hoje On-line