O requebrado da ciência

A internet está cheia de conteúdo ao mesmo tempo interessante e bizarro. Seja por seu aspecto inusitado, engraçado, espontâneo, completamente sem noção ou tudo isso junto. De vez em quando, um deles ‘explode’ na rede, se espalha pelo mundo e ganha inúmeras paródias e versões – são os repentinos e imprevisíveis memes. 

Você já deve ter ouvido falar da nova ‘onda’ que vem sacudindo o mundo, o Harlem shake. A ideia por trás do fenômeno é simples: uma batida eletrônica, alguém fantasiado e, de repente, uma tempestade de pessoas se vestindo e dançando da forma mais esdrúxula possível. Pode ser bobo, mas difícil negar que é engraçado.

O fenômeno explodiu a partir do vídeo do vlogger Filthy Frank, que tem por base a música do artista Baauer, hoje uma das mais vendidas no iTunes em vários países. 

O sucesso do meme é tão grande que até as instituições mais sérias aderiram à brincadeira. O vídeo que você pode conferir acima, por exemplo, mostra o trabalho da sala de controle de lançamento da Nasa sendo interrompido pela entrada de um ‘astronauta’, que antecede a loucura total.

Outro vídeo mostra uma multidão de pessoas ‘fazendo o Harlem shake na sede da agência espacial. E o ritmo também contagiou o pessoal do Fermilab e das escolas de medicina e de odontologia de Harvard – além do Facebook, do Google e do Youtube

O coreano quebrador de recordes

O sucesso surgiu no vácuo de outro meme que dominou o mundo: o Gangnam style. O vídeo lançado em 2012 mostra a dancinha já famosa do sul-coreano Psy e se tornou o mais curtido e mais visto da história da internet

O sucesso estrondoso lançou o artista ao topo do estrelato instantâneo e também gerou versões por todo lado, inclusive em instituições renomadas, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A Nasa, que parece gostar de memes, produziu uma das paródias mais originais, que espalhou o Gangnam style pelas instalações do Johnson Space Center – sério, vocês precisam ver o vídeo abaixo e conhecer o Nasa Johnson style

Mas há quem não ache graça nenhuma nos memes. Por exemplo, na  Bulgária e na Austrália, requebrar o Harlem rendeu demissões, assim como o Gangnam style nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, uma escola também puniu alunos por gravar o Harlem shake no banheiro

Sem dúvida, os dois casos refletem o sucesso dos populares memes na internet. Mas qual sua opinião sobre eles? Seriam expressões da cultura popular? Transformações contemporâneas do mundo digital na arte e na indústria? Ou exemplos das besteiras que circulam na rede? Leia alguns posicionamentos interessantes aqui, aqui e aqui.

Marcelo Garcia
Ciência Hoje On-line