O Sol não se põe para a Lua

Plano ousado, mas criativo. Mas, se concretizado, poderá suprir toda a energia de que necessitamos na Terra. A empresa Shimizu Corporation (Japão) propõe passar um cinturão de painéis solares pelo equador da Lua.

Isso daria cerca de 11 mil km. A eletricidade gerada seria convertida em micro-ondas e luz laser e emitida para a Terra a partir da face lunar que sempre está voltada para o nosso planeta. Aqui, seria novamente convertida em eletricidade – podendo essa ser usada para gerar hidrogênio, que pode ser estocado.

A empreitada seria feita por robôs, com a supervisão de uns poucos astronautas – sim,  tem algo do filme Lunar, com o ator Sam Rockwell. Parte do equipamento seria montada no espaço e lançada sobre a superfície lunar. A matéria-prima para cimento, tijolos, fibra de vidro e mesmo água viria do solo lunar. O cinturão de painéis poderia chegar a 400 km de largura.

Vantagens do projeto, denominado Anel Lunar: a Lua, sem atmosfera, não tem mau tempo (chuva, nuvens etc.), o que permitiria a produção sem interrupção de energia limpa, em quantidade que poderia suprir todo o consumo terrestre. Mais detalhes aqui.

Assista (em inglês) o trailer do filme Lunar

 

Cássio Leite Vieira
Ciência Hoje / RJ

[Publicado originalmente na edição 272, na seção Mundo de ciência]