O vídeo e a universidade

No final do ano passado, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aventurou-se por uma nova possibilidade em voga há algum tempo na internet, mas – ainda – não adotada pela maioria das instituições de educação: o vídeo.

Por meio do canal UFMGTube, a universidade quer, segundo sua carta de intenções, “registrar de maneira sistemática a produção cultural e científica gerada nos diversos eventos” da instituição.

A iniciativa tem como objetivo construir uma memória visual da UFMG

Além disso, a iniciativa tem também como objetivo construir uma memória visual da UFMG, com entrevistas mais longas com os professores, que, de modo geral, explicam do que se trata as matérias que ensinam.

Na prática, a organização dos vídeos se dá de forma parecida com a de qualquer outro repositório de imagens da rede.

O UFMGTube ainda está no começo, e a produção ainda está engrenando. Já há, no entanto, algumas preciosidades para se garimpar por lá. Vídeos que, caso não fosse a proatividade dos profissionais da universidade, dificilmente viriam a público.

É o caso, por exemplo, de dois documentários – ambos produzidos por uma equipe da UFMG. O primeiro dá um panorama da, ainda não tão conhecida, agricultura urbana: o manejo de alimentos em cidades industriais.  

O outro vídeo narra o dia a dia de alguns mestres da tipografia, um ofício ‘ameaçado de extinção’.

O portal conta com uma vídeo-entrevista de Maria Aparecida de Moura, diretora de divulgação científica da UFMG e responsável pelo desenvolvimento do projeto.

Entre outras afirmações, Aparecida de Moura diz que o UFMGTube pretende-se colaborativo. Ou seja, em pouco tempo a página será aberta para que o público também possa ‘subir’ vídeos por lá.

A boa notícia de agora: a dezena de vídeos que já existem na página conta com a licença autoral Creative Commons, que permite a reprodução das imagens contanto que não sejam usadas com finalidade comercial. Vamos, portanto, usar.

Thiago Camelo
Ciência Hoje On-line