A lista de lugares para se conhecer sem sair de casa acaba de ganhar mais dois destinos privilegiados. Espaços que contam um pouco da história do Brasil e das descobertas da astronomia estão agora à distância de um clique. Seguindo a tendência mundial, o Museu do Universo, da Fundação Planetário do Rio de Janeiro, e o Museu Imperial, em Petrópolis, passaram a disponibilizar uma visita virtual às suas instalações.
As exposições permanentes das duas instituições podem ser vistas em 360º por qualquer internauta no site Era Virtual. No Museu do Universo, o público pode ver vídeos e imagens da exposição e até visitar as duas cúpulas de observação: a Galileu e a Carl Sagan.
Ao entrar na página, o visitante é convidado para uma viagem espacial. Simulando uma nave, o primeiro vídeo parte em direção à Lua e segue caminho pelo nosso sistema solar até outras galáxias. É possível ter acesso a informações interessantes, como o fato de que Júpiter tem o tamanho de mais de mil Terras.
A história da astronomia é contada em linhas do tempo, e podemos ver equipamentos antigos e réplicas nas salas. Mas os objetos da exposição, como o simulador da influência da Lua nas marés e a balança para saber seu próprio peso em diferentes planetas, despertam a vontade de visitar pessoalmente o museu.
Já no Museu Imperial, longe do clima futurista da astronomia, é a história do Brasil que assume lugar de protagonista. Ao se chegar ao palácio de veraneio da família real, a arquitetura já chama a atenção. O internauta pode passear pelos corredores e jardins da construção e, de clique em clique, o guia virtual ajuda a contar a história.
Na visita física, seria necessário trocar os sapatos da rua por pantufas ao entrar, para preservar o piso original em mármore de Carrara e mármore preto da Bélgica. Pela tela, o ritual é dispensado – o visitante já deve estar com suas próprias pantufas em casa!
Dentre os itens que podem ser conhecidos na visita virtual estão a coroa imperial de D. Pedro II, em ouro cinzelado, e a pena usada pela princesa Isabel para assinar a Lei Áurea, em 1888. Outra peça de destaque é o trono presente na sala Estado, no sobrado, um dos quatro usados por D. Pedro II. Uma curiosidade é que ele se localizava originalmente no Paço de São Cristóvão, já que no palácio de Petrópolis não havia trono, por se tratar de uma residência de veraneio. A sala na qual está posicionado, porém, sempre foi utilizada para receber convidados e já era de grande importância.
Embora a experiência da visitação física desses museus não possa ser superada, com certeza está mais fácil e barato conhecer um pouco mais os patrimônios culturais do Rio de Janeiro.
Isadora Vilardo
Ciência Hoje On-line