O aquecimento global é tema de grandes discussões, em que muita gente opina e defende seus argumentos até o final. Que o diga o nosso colunista Jean Remy Guimarães. Em sua última coluna, o biólogo defendeu a tese de que o aquecimento do planeta é culpa do homem. Dezenas de leitores discordaram dele. E o debate levou Jean Remy a preparar uma nova coluna sobre o mesmo assunto, que saíra no dia 19 deste mês.
É verdade: há quem desafie a visão quase consensual sobre o tema e sustente que o aquecimento global é invenção corporativa. Cientistas, inclusive. Alguns artistas, a maioria cineastas, já se propuseram inclusive a produzir obras em defesa dos chamados ‘céticos do clima’. Mas um fato é incontestável – grande parte das pessoas desse meio usa a arte como forma de alerta ao planeta.
Do ator Leonardo DiCaprio passando pelo político Al Gore, chegando aos próprios vídeos produzidos pelo Instituto Ciência Hoje (em parceria com a Rede Globo); muitos já apontaram em filme as causas do aquecimento global. Artistas plásticos também já se arriscaram no tema. Recentemente, em São Paulo, Marcelo Dantas expôs um bloco de gelo que derretia à medida que o tempo passava. Foi bem recebido pela crítica.
Na Filadélfia, cidade norte-americana, está em cartaz uma exposição que se propõe a continuar a discussão sobre o clima. Politics of snow – em português, ‘Política da neve’ – é a tentativa da pintora estadunidense Diane Burko de retratar a modificação das grandes geleiras com o passar do tempo. Nos quadros, ela pinta como era a paisagem desses lugares em épocas distintas. Retrata, por exemplo, as mudanças por que passou Matterhorn, uma das montanhas mais conhecidas dos Alpes. Segundo a artista, em vídeo vinculado pelo portal da revista The Scientist, ela teve ajuda de cientistas – especialmente geólogos – para levar à frente o projeto.
Assista ao vídeo (em inglês) em que Diane Burko explica a exposição
Thiago Camelo
Ciência Hoje On-line