O universo como você nunca viu

A nebulosa IC 1396, localizada a 2450 anos-luz, vista pelo Spitzer em comparação
com uma foto feita pelo Hubble (no detalhe). Os detectores infravermelhos revelam
o brilho no interior da nuvem opaca de gás e poeira (fotos: Nasa/JPL-Caltech)
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Novas e surpreendentes imagens do universo acabam de ser divulgadas pela agência espacial norte-americana (Nasa). Pela primeira vez um telescópio espacial permite visualizar diversos elementos cósmicos por meio de raios infravermelhos, que revelam um universo ainda mais deslumbrante que o mostrado nas imagens conhecidas.

Galáxias em movimento com seus aglomerados estelares, gases e poeira, resquícios da formação de planetas, materiais orgânicos em dispersão e o nascimento de estrelas foram o tema de algumas das primeiras imagens enviadas à Terra pelo telescópio espacial Spitzer. O nome é uma homenagem ao astrofísico norte-americano Lyman Spitzer Jr. (1914-1997), um dos cientistas mais influentes do século 20 que, na década de 1940, propôs o lançamento de telescópios no espaço.

 

Galáxia de Messier 81, situada ao norte da constelação da Ursa Maior e visível com binóculos ou telescópios. A imagem permite analisar o comportamento de estrelas velhas, a velocidade de formação de novos corpos e a quantidade de poeira cósmica nas galáxias espirais. Clique na imagem para ampliá-la

 

Com a mesma importância para a ciência de observatórios espaciais como o Hubble (que capta imagens com luz visível), o Compton (que usa raios gama) e o Chandra (que trabalha com raios-x), o telescópio Spitzer consegue mostrar imagens do cosmos ainda mais precisas por meio de seus dispositivos sensíveis capazes de detectar o calor dos mais distantes, gelados e empoeirados objetos celestes.

 

 

 

A nebulosa IC 1396, localizada a 2450 anos-luz, vista pelo Spitzer em comparação com uma foto feita pelo Hubble (no detalhe). Os detectores infravermelhos revelam o brilho no interior da nuvem opaca de gás e poeira (fotos: Nasa/JPL-Caltech) Clique na imagem para ampliá-la

 

Lançado no dia 25 de agosto no Cabo Canaveral, Flórida (EUA), o Spitzer já é considerado uma tecnologia de vanguarda nas ciências espaciais. Os pesquisadores da Nasa estão confiantes de que muito em breve o telescópio fará importantes descobertas.

 

 

 

 

 

Andreia Fanzeres
Ciência Hoje on-line
24/12/03

 

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