Desde a segunda quinzena de março de 2020, vivemos no Brasil aquilo que alguns especialistas da área de epidemiologia chamaram de ‘novo normal’, uma situação desencadeada pela difusão do vírus SARS-Cov-2 em todo o mundo a partir de dezembro de 2019. O isolamento social foi uma das estratégias utilizadas para tentar reduzir a velocidade de transmissão da doença e, consequentemente, minorar os impactos sobre a já combalida rede pública de saúde brasileira.
Como divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus se aproveita das situações de ajuntamento social, com contatos prolongados e em ambientes com pouca ventilação, para encontrar novos hospedeiros. O tipo de contágio afeta, portanto, práticas sociais corriqueiras, como trabalhar em escritórios, interagir socialmente, usar meios de transporte e estudar. Em virtude disso, para muitos a solução encontrada foi o trabalho de casa (home office), as transmissões ao vivo (lives) e o ensino remoto.
Marcos Paulo Ferreira de Góis
Departamento de Geografia
Universidade Federal do Rio de Janeiro