Aprendemos na escola que as dimensões espaciais são três: altura, comprimento e largura. Porém, há mais dimensões do que podemos ver. E elas pintam para nós um cenário fascinante.
Até o início do século passado, as três dimensões espaciais eram consideradas independentes do movimento e não relacionadas com o passar do tempo. Em 1905, o físico de origem alemã Albert Einstein (1879-1955), em sua teoria da relatividade restrita, propôs basicamente o seguinte: i) as leis da física são as mesmas para todos os observadores inerciais (parados ou em movimento uniforme); ii a velocidade da luz é absoluta para todos esses observadores – ou seja, é uma constante do universo.
Anos mais tarde, percebeu-se que esses postulados tinham a seguinte consequência: o espaço e o tempo formam um uno indissociável, o chamado espaço-tempo. Em resumo: vivemos em um espaço quadrimensional. Mas há algo mais fascinante ainda: as três dimensões espaciais e o tempo, em certas situações, podem se ‘deformar’.
Adilson de Oliveira
Departamento de Física,
Universidade Federal de São Carlos (SP)