Do alto, a floresta vista por dentro

O LiDAR é capaz de gerar imagens de uma floresta de forma similar a uma tomografia, identificando sub-bosques, blocos de rocha e material derrubado para investigação de vulnerabilidades e risco.

Dentre as diferentes áreas usuárias do sensoriamento remoto, a ecologia da paisagem é uma que tem se beneficiado muito dessa técnica, sobretudo nos estudos voltados para a classificação e caracterização da vegetação. Sensores passivos – responsáveis apenas pela recepção da energia solar – e de resolução intermediária – com detalhes na ordem de 30m a 250m – são capazes de determinar a estrutura horizontal da paisagem, mas não possibilitam obter informações da estrutura vertical da vegetação. Por outro lado, sensores ativos –responsáveis pela emissão e recepção de energia –, como os radares e o laser, possibilitam a quantificação das dimensões verticais e volumétricas da cobertura vegetal, facilitando que se estime a sua estrutura tridimensional em larga escala, gerando informações importantes para os estudos relacionados à biodiversidade e habitat, como a densidade e a estratificação da floresta.

Representação tridimensional da nuvem de pontos gerada por levantamento LiDAR

Carla Madureira Cruz

Departamento de Geografia
Instituto de Geociências
Universidade Federal do Rio de Janeiro