Na coluna deste mês, recordações da literatura que deixa boas lembranças mesmo quando não se compreende por completo uma obra
Na coluna deste mês, recordações da literatura que deixa boas lembranças mesmo quando não se compreende por completo uma obra
Em menos de uma semana, eu não só conhecia o drama de dona Lola, como ainda torcia para que seu filho Alfredo voltasse para casa e Carlos não morresse no campo de batalha.
Por tratar-se de uma narrativa sobre um cotidiano que eu desejava, minha identificação com a trama foi imediata. Queria ser Isabel, a filha de dona Lola, sobretudo porque achava muito bonito pertencer a uma família grande, que se reunia em volta de uma mesa para fazer as refeições – coisa impossível em uma meia-água pequena, que meu pai nunca conseguiu acabar de construir, e que sequer tinha mesa de jantar. Lá éramos apenas três: eu, meu pai e minha mãe.