Ilhas oceânicas e vulcões submarinos: resultados da permanente instabilidade de um ‘planeta vivo’

“A Terra é um organismo vivo”. A frase, do século 18, reconhece um planeta dinâmico, dotado de processos geológicos que, incessantemente, modificavam sua estrutura. Grande parte dessas alterações – que podem ser catastróficas em nível local ou até mesmo planetário – ocorre no fundo dos oceanos, levando, por exemplo, à formação de vulcões submarinos e ilhas vulcânicas.

Vista aérea da ilha de Vila Franca do Campo formado pela cratera de um antigo vulcão submarino, Açores, Portugal. CRÉDITO:FOTO ADOBE STOCK

Ilhas são definidas como porções de terra emersas circundadas de água doce ou salgada. Essa definição é abrangente e emoldura todas as massas de terra do planeta. Recentemente, levantamento global do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), em parceria com a empresa norte-americana ESRI, mapeou 340.961 ilhas e as classificou por tamanho, a saber: ilhas grandes (> 1 km²), correspondendo a 6,4%; e ilhas pequenas (< 1 km²), que, somadas às muito pequenas (< 0,0036 km²), correspondem a 93,6% do total.

Eduardo Bulhões
Universidade Federal Fluminense