Antes de convencionarmos os sistemas de posicionamento globais – popular GPS, na sigla em inglês –, não era raro encontrar sistemas locais ou até arbitrários. Este arranjo, comum no passado, dificultou a integração de mapas antigos, embora tenha facilitado, em certo aspecto, o sigilo de algumas áreas ou trajetos considerados estratégicos para lideranças políticas e religiosas tempos atrás. Por conta disso, os mapas da atualidade necessitam de uma pesquisa histórica, para que seja possível recuperar e associar as referências posicionais do passado com os sistemas contemporâneos, dado que muitos desses documentos se configuram, em certos aspectos, verdadeiros “mapas do tesouro”.
Carla Madureira Cruz
Departamento de Geografia
Instituto de Geociências
Universidade Federal do Rio de Janeiro