Os atentados ocorridos em escolas e uma reflexão sobre o papel de professores, governantes e famílias em meio a um mundo de informações com o qual é difícil competir
Os atentados ocorridos em escolas e uma reflexão sobre o papel de professores, governantes e famílias em meio a um mundo de informações com o qual é difícil competir
CRÉDITO: ILUSTRAÇÃO STOCK PHOTOS
Contudo, o poder público, representado por prefeitos e governadores, também precisa fazer a sua parte. Vamos imaginar como seria se todas as escolas públicas fossem espaços bonitos, arejados, confortáveis, limpos, com professores bem formados, bem pagos e valorizados; se as escolas públicas tivessem ainda a mesma infraestrutura das melhores escolas particulares, com laboratórios, bibliotecas, espaços de leitura, teatro, sala de artes visuais e de dança. Será que se tudo isso fosse realidade, os alunos rejeitariam a escola? Depredariam? Haveria evasão acentuada?
A escola tem de ser um lugar muito especial, um espaço diferente da casa do aluno, um espaço em que ele tenha vontade de estar para estudar e encontrar os amigos. Hoje, a competição entre a escola e a vida fora dela é muito acirrada, sobretudo porque ainda existe a falsa ideia de que a escola não deve limitar a liberdade do aluno. Essa forma de pensar não aceita que a escola é uma instituição “careta” e que ela deve ser assim mesmo, porque é um espaço de ensinamento, de educação, e, para educar, é preciso disciplina e controle da liberdade, ou melhor, o ensinamento do uso da liberdade.