Museu para todos

Como tornar um museu acessível a pessoas com qualquer tipo de deficiência? A resposta não está apenas em construir rampas, ter informações em braile ou adaptar banheiros para pessoas em cadeiras de rodas e outras mudanças estruturais. Para serem verdadeiramente abertos a todos, os espaços científico-culturais precisam ter a inclusão como parte de sua cultura, contratando PcD como funcionários, promovendo o treinamento das equipes, dedicando tempo e orçamento para a questão, entre outras medidas.

Interação de uma família em uma museu de ciências /Foto: Jessica Norberto Rocha

A diversidade das pessoas como se vestem, o que pensam e as formas como seus corpos se configuram e funcionam é o que torna a sociedade interessante. Seria muito monótono se todos fôssemos iguais. Apesar das nossas diferenças, são iguais os nossos direitos de viver, conviver uns com os outros e interagir com tudo que o mundo tem a oferecer. Mas nem sempre foi assim…

Antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), nem todos tinham o direito de participar de atividades comuns na vida de qualquer cidadão. As pessoas com deficiência, por exemplo, eram uma parcela da população excluída da convivência coletiva. Eram consideradas loucas, doentes e, às vezes, até assustadoras e engraçadas. Tantos julgamentos ocorriam porque esses indivíduos tinham alguma característica em seu corpo que os fazia não enxergar, não escutar, não andar ou não pensar da mesma forma que a maioria. Seus corpos eram tidos como “anormais”, e essa ideia foi construindo barreiras para o acesso à escola, ao teatro, ao cinema, ao museu e a outras atividades permitidas à maior parte das crianças e dos adultos. 


MAIS QUE A ACESSIBILIDADE ESTRUTURAL DO EDIFÍCIO EM SI, É PRECISO PREVER DIFERENTES MANEIRAS DE EXPERIENCIAR O QUE O MUSEU TEM A OFERECER

Jessica Norberto Rocha 

Programas de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde e de Ensino de Biociências e Saúde
Fundação Cecierj e Fiocruz