O livro A mente moralista: por que pessoas boas são segregadas por política e religião?, de Jonathan Haidt, é um esforço de pensar psicopoliticamente o comportamento político, em particular as disputas políticas que dividem e fragmentam a humanidade. Superar os dissensos na atualidade mostra-se um desafio hercúleo, sobretudo quando a desigualdade assola, divide e fragiliza a dignidade humana. Nesse quadro, crenças e expectativas políticas atuam como elementos ordenadores das fronteiras simbólicas que justificam conflitos e antagonismos. É possível superar? É possível vivermos juntos, como já se perguntava o sociólogo francês Alain Touraine?
Alessandro Soares da Silva
Escola de Artes, Ciências e Humanidades,
Universidade de São Paulo