O Santo Graal da supercondutividade

Há cerca de 100 anos, observou-se que o mercúrio, submetido a temperaturas baixíssimas, conduzia corrente elétrica sem dissipar energia. Desde então, cientistas vêm buscando pelo ‘Santo Graal’ desse fenômeno: supercondutores à temperatura ambiente  

CRÉDITO: ADODE STOCK

A busca por materiais que transportem correntes elétricas sem perda de energia ocorre a mais de um século. Isso começou com a descoberta de que o mercúrio apresentava resistência nula ao transporte de corrente elétrica na temperatura de 4,2 kelvin (269 graus celsius negativos).

Essa descoberta foi feita pelo físico holandês Kamerlingh Onnes (1853-1926), que batizou o fenômeno de supercondutividade. Por esse feito e por ter desenvolvido técnicas para a produção do hélio líquido – o qual permite atingir temperaturas baixíssimas –, ganhou o prêmio Nobel de Física em 1913.

Supercondutores, além de exibirem resistência elétrica nula, comportam-se como diamagnetos perfeitos: na presença de campo magnético, esses materiais o expulsam de seu interior. Esse fenômeno é conhecido como efeito Meissner, referência ao físico alemão Walther Meissner (1882-1974).