Famoso por seu sistema taxonômico, que padronizou a classificação de todos os seres vivos, o sueco Carl Linnaeus enviou seus alunos em expedições científicas pelo mundo, mas nem todos retornaram…
Famoso por seu sistema taxonômico, que padronizou a classificação de todos os seres vivos, o sueco Carl Linnaeus enviou seus alunos em expedições científicas pelo mundo, mas nem todos retornaram…
Todo ser vivo já identificado por cientistas no nosso planeta tem um nome científico. Isso vale para a bactéria agarrada na sola dos nossos pés (Corynebacterium striatum), para o seu fiel cachorro (Canis familiaris), o gato (Felis catus) que se deita ao seu lado enquanto você lê esse artigo, bem como para todos os peixes, aves, fungos, plantas e tudo mais que nós definimos como vida. São sempre dois nomes em latim escritos em itálico, essa é a regra para todos os nomes científicos – o chamado sistema taxonômico binomial, onde o primeiro nome representa o gênero e o segundo a espécie do ser que estamos classificando. Esse sistema foi criado e aprimorado no século 18 por um cientista sueco chamado Carl Linnaeus (1707-1778), considerado o pai da taxonomia.
Linnaeus e seu sistema taxonômico obtiveram tanto sucesso, que a partir da década de 1740, o cientista decidiu enviar diversos de seus alunos em expedições científicas pelo mundo. Ele tinha um plano ambicioso: descrever a diversidade biológica do nosso planeta, e para isso precisava coletar espécimes de organismos nos quatro cantos da Terra. Os 17 alunos que ele enviou em expedições de navios aos lugares mais longínquos ficaram conhecidos como apóstolos de Linnaeus, e, apesar da honra e do prestígio que poderiam ganhar na comunidade científica da época, para alguns o preço foi alto demais. Nem todos retornaram à sua terra natal com vida. E tudo isso por causa de uma paixão em comum, a taxonomia.