Por um novo pacto entre ciência e sociedade

Em um contexto marcado por grandes avanços científicos e por ataques negacionistas, livro aborda as mudanças na relação dos indivíduos com a ciência ao longo do tempo e traz uma reflexão sobre como enfrentar os desafios que colocam em risco o futuro do planeta Terra

O ano de 2021 foi marcado como aquele em que a ciência, com todas as suas promessas e controvérsias, voltou a ganhar holofotes. Vacinas nunca foram desenvolvidas em um período tão curto de tempo. Além disso, questões relacionadas ao potencial dessas vacinas, ao consumo de medicamentos sem eficácia e ao atordoante negacionismo científico foram recorrentes em rodas de conversa, muitas delas de forma remota, já que a pandemia de covid-19 persiste em atravessar nossas vidas, com flutuações no número de casos e com o surgimento de novas cepas do vírus.

Para completar, no final do ano, acompanhamos de perto as discussões travadas na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26). Esta foi permeada por acordos importantes para o futuro do planeta, mas também marcada pelo esvaziamento de itens fundamentais e um notório desequilíbrio nas negociações entre países do Norte e do Sul do planeta. 

O dia em que voltamos de Marte: uma história da ciência e do poder com pistas para um novo presente
Tatiana Roque
Editora Crítica, 2021, 368p.

Raoni Schroeder B. Gonçalves

Departamento de Química Orgânica,
Instituto de Química,
Universidade Federal do Rio de Janeiro