Produção voluntária de informações

Com o conhecimento da nossa localização em tempo real, Google Maps identifica picos de movimentação e concentração de pessoas nas mais diversas áreas do globo terrestre

CRÉDITO: ADOBE STOCK

Os maiores desafios ligados aos dados geoespaciais – ou geoinformacionais, como preferimos chamar aqui – são o detalhamento espacial e temporal e o conhecimento/acompanhamento de sua taxa de recorrência. Pensando nas metrópoles com grandes fluxos de pessoas e muitas áreas de interesse, o monitoramento e as formas de obtenção de dados são, normalmente, complexos. Agora, imagina saber como se comporta a permanência de pessoas em certas partes da uma grande cidade, em diferentes dias e horários.

Não é mais surpresa que a Google tenha conhecimento destes dados. A novidade é que agora a gente também pode ficar sabendo! Isso porque a concentração de sinais emitidos pelos smartphones em certas áreas de uma cidade é facilmente percebida por quem tem acesso a essa informação localizada. E é isso que a Google tem, já que ficamos em “modo ativo” na maior parte do tempo, colaboramos com a chamada produção voluntária de informações geoespaciais ou VGI (Volunteered Geographic Information). Isso não significa, no entanto, que tenhamos acesso a essas informações na íntegra.

O fato é que sabendo “onde estamos”, a Google consegue medir o comportamento dos lugares com detalhamento espacial e temporal inimagináveis até bem pouco tempo. Essa leitura pode ser traduzida como o padrão que um lugar apresenta diariamente, ao longo das 24 horas de um dia, em vários lugares do globo.