Quando toda a química será verde?

As consequências do aumento da frequência e intensidade de variações climáticas provocadas pelo aquecimento global são claras evidências de que grandes mudanças no mundo ainda estão por vir. Cabe à comunidade científica assegurar um futuro sustentável, em que materiais e produtos químicos adotados pelas economias dos países sejam saudáveis e não tóxicos, e segmentos menos favorecidos da sociedade possam exercer seu papel de agentes de inovação e cidadania. Para isso, a química deve ser toda ela convertida em ‘química verde’.

Notícias sobre a assinatura de acordos internacionais e de compromissos assumidos por empresas e governos para estimular a proteção ambiental indicam, atualmente, uma tendência muito positiva para o desenvolvimento sustentável. A sociedade começa a perceber o que é a economia verde, a necessidade de reciclar e reaproveitar tudo o que é produzido, o papel das matérias-primas renováveis e dos biocombustíveis para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Mas nem sempre foi assim.

No final do século 18, a Revolução Industrial já havido introduzido profundas mudanças na economia e nas sociedades de determinados países da Europa e nos EUA. Entre elas, estavam o crescimento da população e do consumo, e o deslocamento das principais atividades produtivas do campo para as regiões urbanas.

Peter Seidl

Escola Brasileira de Química Verde
Universidade Federal do Rio de Janeiro