O britânico Joseph Priestley (1733-1804) foi versátil. Além de químico, era educador, teólogo, linguista e teórico político. Seus escritos – publicou mais de 150 obras – e suas descobertas influenciaram o conceito das pessoas sobre o papel do governo, a verdade sobre Deus e até o ar que respiramos. Baseava-se em fatos e verdades e rejeitava teorias e tradições.
Iniciou seus experimentos científicos usando a eletricidade, sugestão de seu amigo Benjamin Franklin (1706-1790), cientista, político e jornalista norte-americano. A amizade com Franklin e, posteriormente, com os ex-presidentes norte-americanos Thomas Jefferson (1743-1826) e John Adams (1735-1826) foi decisiva para seu exílio nos Estados Unidos, de 1794 até a sua morte. É curioso destacar que os norte-americanos comemoraram em 1º de agosto de 1974 o que chamam de ‘bicentenário da química’, referindo-se aos 200 anos da descoberta do ar deflogisticado (hoje, oxigênio) por Priestley. Embora o oxigênio tenha sido descoberto e caracterizado pelo químico sueco Carl Wilhelm Scheele (1742-1786) em 1771.
Nadja Paraense dos Santos
Instituto de Química
Universidade Federal do Rio de Janeiro