O artigo Anfíbios na terra da garoa aborda a importância do estudo da biodiversidade em centros urbanos, notadamente a de anfíbios na metrópole de São Paulo. O texto descreve as características gerais dos anfíbios e as relaciona com as possíveis causas de seu desaparecimento nas partes centrais da cidade, destacando ainda sua persistência nas franjas preservadas do município. Além disso, ressalta-se a importância dos registros de campo da biodiversidade no passado, para a compreensão das mudanças causadas pela ação humana, e das unidades de conservação, para a preservação da biodiversidade dos anfíbios.
Após a leitura das duas primeiras partes do texto, sugerimos uma aula prática demonstrativa com exemplares vivos ou fixados de anfíbios e répteis (incluindo as aves), ou fotos/vídeos desses organismos. Nesse tipo de aula, a observação deve vir primeiro, seguida de questões que levem a reflexão de conceitos ecológicos e evolutivos a respeito da conquista do ambiente terrestre.
Inicialmente, sugerimos a observação da corte, amplexo e fecundação externa entre anfíbios e a corte de qualquer outro réptil, ou ave, e a fecundação interna. Essa observação pode ser seguida de uma pergunta que busca relacionar a necessidade de copular dentro da água, caso a fecundação seja externa.
Outra observação produtiva é a comparação entre os ovos de anfíbios e répteis/aves, ou fotos deles, seguida de perguntas que levem os estudantes a discutir a importância da casca dura para a postura fora da água. Essa observação permite abordar de forma investigativa os anexos embrionários que evoluíram com o ovo amniótico dos répteis.
Por fim, pode-se fazer a observação comparativa da pele dos anfíbios com a de répteis e aves. Após a observação, pode-se questionar quais restrições a pele fina, importante na respiração dos anfíbios, impõe à vida no ambiente terrestre. Em outras palavras, por que a pele seca dos répteis e aves facilitaram a conquista do ambiente terrestre?
A metamorfose também permite discutir de forma investigativa por que brânquias são os órgãos respiratórios na fase de girino, mas são substituídas por pele e pulmão na fase adulta.
A parte do texto que se refere aos esforços de coleta realizados por pesquisadores e por museus durante o final do século 19 e todo o 20 pode ser tema de debate, se for associado aos textos sugeridos no ‘Expolore +’. Será que as condições atuais das populações de anfíbios permite coletar espécimes como fazíamos no passado? Que alternativas temos para registrar os anfíbios atualmente?