Sobre terremotos

No dia 12 de janeiro deste ano, um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti, provocando um grau de devastação poucas vezes visto na história. Qual a causa dessa catástrofe? Ainda há risco? Algo similar poderá acontecer no Brasil? Para responder a essas questões, o Estúdio CH recebe o sismólogo George Sand França, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).

Em entrevista a Fred Furtado, França explica que a ocorrência do terremoto deve-se ao fato de o Haiti se localizar no limite entre duas placas tectônicas e que o alto nível de devastação foi provocado porque o fenômeno aconteceu próximo a um centro urbano – a capital haitiana, Porto Príncipe.

George Sand França
O sismólogo George Sand França, chefe do Observatório Sismológico da UnB (foto: Iris Soares).

Segundo o sismólogo, o Caribe é uma região propícia a grandes terremotos. Ele ressalta que, como não é possível prever esses fenômenos, toda área localizada no limite entre placas tectônicas tem que estar preparada para enfrentá-los, como acontece, por exemplo, no Chile, Japão e Estados Unidos. O pesquisador ainda enumera as medidas que podem ser adotadas para prevenir ou mitigar os efeitos dessas catástrofes naturais.

França fala também sobre a ocorrência de tremores secundários no Haiti após o grande terremoto de 12 de janeiro e afirma que a chance de haver um novo abalo sísmico de intensidade similar é bem pequena. No Brasil, apesar de existirem registros de terremotos, o sismólogo esclarece que a possibilidade de acontecer um tremor com a mesma magnitude daquele que atingiu o Haiti é muito remota, mas não pode ser descartada.

O pesquisador explica ainda como funciona a escala Richter, que mede a intensidade dos terremotos, e apresenta o trabalho desenvolvido no Observatório Sismológico da UnB.

Ouça na íntegra a entrevista com o sismólogo George Sand França.