Remanescente da supernova observada por Tycho Brahe em 1572 fotografado pelo observatório de raios-X Chandra (foto: Nasa/CXC/SAO)
A explosão de supernova observada por Brahe em 1572 foi o colapso de uma estrela anã-branca que formava um par binário com uma estrela companheira (uma girava em órbita da outra). Acredita-se que essa anã-branca absorveu matéria de sua companheira, tornou-se muito grande e instável e explodiu em uma enorme esfera de luz e energia. Como a explosão deve ter impulsionado com muita força a estrela companheira, os pesquisadores buscaram uma estrela que se movesse mais rápido que as outras da vizinhança.
Remanescente da supernova observada por Johannes Kepler em 1604 (foto: Nasa/ESA/Sankrit & Blair – Johns Hopkins University)
Já a supernova observada em 1604 por Johannes Kepler foi estudada por astrônomos da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que usaram os modernos telescópios da agência espacial norte-americana (Nasa) para investigar o remanescente da explosão. A equipe, coordenada pelos astrônomos Ravi Sankrit e William Blair, combinou as imagens obtidas pelos telescópios Hubble (espectro da luz visível), Spitzer (radiação infravermelha) e pelo Observatório Chandra (raios-X) para analisar a contínua expansão da supernova.
A análise combinada dos três comprimentos de onda revelou uma espécie de bolha de gás e poeira com 14 anos-luz de diâmetro (algo próximo de 133 trilhões de km) e que está se expandindo na velocidade de 2 mil quilômetros por segundo.
Eliana Pegorim
Ciência Hoje On-line
18/11/04