Em função de caminhos profissionais, já assisti a dezenas de debates sobre a web 2.0. Ferramentas, nova economia da cultura e outros modos de se fazer política; um cenário infinito para se explorar. Finalmente: já vi e participei de algumas mesas sobre redes sociais.
A Ciência Hoje correu o risco de organizar mais uma. Risco sim, porque poderia ser apenas isto: mais uma conversa, entre tantas, sobre o novo território da internet.
Só para lembrar: no dia 1º de junho, promovemos o debate ‘Redes Sociais e Novas Subjetividades’, que teve como objetivodiscutir a interferência da internet – e das novas formas de secomunicar que surgem por meio da ferramenta – na nossa vida.
Participaram da mesa o cientista político José Eisenberg, da Faculdade de Direito da UFRJ, e Vinícius Andrade Pereira, diretor do Laboratório de Mídias da ESPM e professor de pós-graduação em comunicação da Uerj. Quem cuidou da mediação foi o professor da UFRJ Jonas Federman.
Surpresa
O evento, que – acreditava – seria ‘apenas’ uma celebração das possibilidades da internet, acabou se tornando um grande embate de dois palestrantes com opiniões bem distintas.
Enquanto Eisenberg acusava a internet de estar criando uma “horda de semianalfabetos”, Andrade Pereira dizia que “as redes têm uma função fundamental que é mediar o mundo fantástico de informações que temos hoje”.
Foi uma conversa franca, de enfrentamentos elegantes. Uma mesa bipolar (no bom sentido).
Disparado, o melhor debate sobre o tema a que assisti.
E que bom que temos o registro dele todo. Indico fortemente o vídeo abaixo, com a íntegra de ‘Redes Sociais e Novas Subjetividades’.
Thiago Camelo
(Ciência Hoje On-line)