O professor e físico Ildeu de Castro Moreira é um homem que, há décadas, vive para a divulgação da ciência. Seja com suas palestras, projetos ou mesmo trabalhando em revistas do gênero (Ildeu já foi editor científico da própria Ciência Hoje), ele sempre está lá, segurando a bandeira do conhecimento.
Tanto é verdade que Ildeu trabalha, desde 2004, no Ministério da Ciência e Tecnologia. Sua função: dirigir o departamento que cuida, justamente, da difusão e divulgação de ciência.
Entre outras ações importantes à frente desse departamento, ele foi o responsável por implantar a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que, desde 2006, mobiliza milhares de pessoas em atividades de divulgação em todo o país.
Seguindo sua jornada de popularizar a ciência, Ildeu esteve presente na 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em maio deste ano em Brasília. O físico participou de uma rodada de conversas sobre como melhorar o ensino de ciências nos colégios brasileiros.
O mineiro, que divide sua vida entre Brasília e Rio de Janeiro, esteve na capital fluminense e debateu com o pessoal da revistapontocom justamente sobre a educação científica nas escolas do país.
Um bate-papo muito interessante, que teve como norte as novas mídias e formas de adquirir conhecimento. Abaixo, algumas boas passagens de Ildeu na entrevista:
- “É necessário mostrar que ciência é um processo, mais do que um conhecimento cristalizado”.
- “Os alunos precisam acreditar no seu potencial inovador. Precisam ter curiosidade”.”Devemos conversar sobre ciência desde a primeira infância”.”A escola do século 21 passa por um momento de transformação grande. É preciso romper uma certa letargia. Letargia frequente nas escolas de aceitar mudanças estratégicas”.”A única coisa que a escola não pode fazer é acabar com a curiosidade do aluno”.”Nós temos que ensinar a ler, contar e… experimentar! Inovar! Fazer coisas novas. E isso começa na escola. A atividade do professor é fundamental nesse sentido”. “É importante ensinar ao professor dizer não sei. No mundo de hoje, é tão comum não saber. E é tão difícil o professor falar não sei“.”Cada cidadão tem o direito de conhecer as coisas da ciência”.
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Assista à vídeo-entrevista
realizada pela revistapontocom na sequência
Thiago Camelo
Ciência Hoje On-line