Pela primeira vez no Brasil, cientistas conseguiram reconstruir em laboratório a pele humana. A descoberta pode curar lesões dermatológicas como queimaduras graves e ferimentos profundos, além de ser útil às indústrias farmacêutica e de cosméticos. Contudo, a técnica desenvolvida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apesar de revolucionária, não tem como ser testada em larga escala devido à falta de recursos.

As fotos mostram culturas dos três tipos de células da pele que o método desenvolvido na Unicamp permite reproduzir – da esquerda para a direita: fibroblastos, queratinócitos e melanócitos.
Pertencentes à camada mais interna da pele (derme), os fibroblastos são responsáveis pela produção de fibras de colágeno, que dão sustentação ao órgão. Extraídos da amostra saudável da pele do indivíduo, eles são cultivados e posteriormente depositados em colágeno bovino estéril, que serve para nutri-los inicialmente e direcionar seu crescimento (posteriormente, essa substância é substituída por colágeno humano, produzido naturalmente pelos próprios fibroblastos conforme se multiplicam). Já os queratinócitos são encarregados da proteção da pele. Assim como os melanócitos, são retirados da camada mais externa da pele (epiderme) e cultivados em um meio específico, composto por aminoácidos.
Lia Brum
Ciência Hoje On-line
11/07/05
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