Parque Nacional del Manu, em Madre de Dios, no Peru (imagens: reprodução/OTCA).
A expedição vai percorrer o mesmo caminho seguido pelo primeiro desbravador do Amazonas, o espanhol Francisco de Orellana, em 1541 e 1542. Os organizadores esperam que, depois da viagem, os estudantes estimulem o debate sobre as riquezas e os problemas amazônicos nas comunidades em que vivem.
Cada um dos oito países membros da OTCA (Brasil, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Peru, Equador, Suriname e Guiana), além da Guiana Francesa, terá direito a indicar cinco estudantes para a viagem. No Brasil, eles serão selecionados por uma comissão do Ministério da Educação, que avaliará as redações enviadas pelas escolas. “Vamos escolher um estudante de cada região do Brasil“, explica Rosalia Arteaga, diretora do projeto. “Procuramos pelos jovens que demonstrarem maior grau de interesse, informação e compreensão sobre a Amazônia, sua importância e seus problemas.”
Toda escola pública ou particular que quiser participar da seleção deve se cadastrar no site do MEC . Só poderão concorrer redações feitas em sala de aula por alunos de segundo grau, entre 15 e 18 anos, e cada escola tem prazo máximo até o dia 26 de maio para escolher e enviar ao MEC sua única representante na fase final da seleção.
Itinerário da expedição Conhecendo a Amazônia.
Durante o percurso de barco, os jovens terão contato com comunidades ribeirinhas, para conhecer mais sobre suas necessidades e seu modo de vida. Entre Belém e Brasília, os alunos também visitarão Carajás, onde poderão aprender sobre a riqueza do subsolo da Amazônia e sobre a mineração na região. A viagem está programada para se encerrar em um cerimonial no Itamaraty, em Brasília, no dia 27 de julho.
Os estudantes serão acompanhados durante toda a viagem por 27 professores e profissionais das mais diversas áreas. Além do contato com a população local, diariamente os jovens participarão de oficinas e assistirão a palestras sobre a história da região, as especificidades de seus povos e as importantes questões ecológicas amazônicas. Com cadernos e equipamento de vídeo eles poderão registrar cada passo dessa aventura. “De acordo com a riqueza do material que eles produzirem”, explica Arteaga, “poderemos pensar na produção de livros, CD-Roms ou vídeos sobre a viagem”.
Marcelo Garcia
Especial para a CH On-line
15/05/2006