A diversidade das aves da Amazônia Azul

Variedade de paisagens e características das ilhas oceânicas brasileiras têm levado a diferentes formas de vida, mesmo em organismos grandes e altamente móveis.

 

Olhe pela sua janela em busca de alguma forma de vida – seja ela um passarinho, uma planta, um inseto. Caso não encontre, busque o espelho mais próximo e veja seu próprio reflexo. Fazendo isso, o/a leitor/a vai observar o produto de dezenas de milhares – ou mesmo centenas de milhões – de anos de evolução da vida. No entanto, alterações nas formas de vida não se dão apenas em escalas geológicas de tempo; ocorrem diariamente a partir de um variado conjunto de pressões do ambiente sobre cada indivíduo.

Os organismos que o/a leitor/a acaba de observar estão sob permanente pressão de seleção do ambiente, e os rumos das suas respectivas espécies dependem, em grande parte, das vitórias (ou derrotas) individuais diárias. Nas últimas décadas, o crescente campo da microevolução tem demonstrado que a vida evolui diariamente, revelando nosso insignificante conhecimento acerca da real variedade de formas existentes no planeta. Se retirarmos a vida das caixinhas da classificação taxonômica tradicional e falarmos em formas com diferenças mais sutis, o nosso conhecimento sobre a vida beira a insignificância.

Atobá-marrom na ilha de Fernando de Noronha.
Foto: Fabiano Ferrari/ Wikimedia Commons – CC-BY-SA 3.0

Guilherme Tavares Nunes

Departamento Interdisciplinar
Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos
Universidade Federal do Rio Grande do Sul