A resenha de As nadadoras é um convite para se assistir ao filme, que permite desenvolver em sala de aula uma abordagem sobre o refúgio, a partir do cotidiano das protagonistas, as duas jovens sírias. A temática do refúgio está presente em jornais, revistas, sites de internet e até livros didáticos. Entretanto, é costumeiramente abordada através de estatísticas e notícias que estão mais focadas em números do que nas particularidades que envolvem o refúgio e os diferentes grupos sociais que estão nestas condições. Pouco se fala sobre a dimensão humana que envolve fugir de seu país em função de ameaça, perseguição (política, religiosa, étnico-racial, dentre outras) ou guerra. Portanto, é importante que a educação seja um espaço para compreender este processo e humanizá-lo. Quando nos aprofundamos em algumas das inúmeras histórias sobre refúgios, torna-se possível compreender todo esse movimento e até mesmo realizar com as/os estudantes um exercício de empatia, quando nos colocamos nos lugares daquelas pessoas.
Esta atividade pode ser desenvolvida com qualquer uma das três séries do Ensino Médio. No primeiro momento em sala, sugere-se conduzir a turma para realizar pesquisas em veículos de comunicação sobre a questão de refúgio no mundo, privilegiando o levantamento de matérias e dados estatísticos desde 2015 até os dias atuais.
Em seguida, os dados pesquisados podem ser apresentados pelos estudantes para a turma orientados pelas seguintes questões:
Conforme a turma expressar seus pontos de vista sobre os materiais pesquisados e as perguntas motivadoras, é interessante debater com o grupo sobre situações específicas de instabilidade social que levaram a pessoas saírem de seus países e buscarem refúgio.
No segundo momento da atividade, sugere-se a reprodução do filme dentro das possibilidades da/o docente e da escola. Caso haja a impossibilidade de reprodução parcial ou integral, outros filmes foram indicados no item Explore+.
Antes da reprodução do filme, seria interessante colocar as seguintes questões para a turma:
Além disso, é importante solicitar que a turma faça anotações sobre os pontos que mais chamaram atenção ao longo do filme. É interessante que a/o docente faça pausas durante a reprodução para contextualizar algumas situações/falas e destacar detalhes que refletem as vulnerabilidades que marcam a condição de refugiada/o.
No terceiro momento da atividade, finalizado a reprodução, sugere-se abrir espaço para a turma apresentar suas impressões sobre o filme. Seria interessante retornar aos dados levantados e contrapô-los às observações feitas. Além disso, cabe destacar o que é a Equipe Olímpica de Refugiados e ressaltar sua importância no cenário do esporte internacional e do refúgio como causa humanitária. Ademais, é interessante debater com as/os estudantes o que mudou nas suas percepções sobre o refúgio após o filme.
Por fim, sugere-se motivar a turma para buscar na sua cidade, bairro ou nas redes sociais, iniciativas de inserção de refugiados nos países que os recebem. No Brasil, por exemplo, há organizações não governamentais como Caritas, Anistia Internacional, Abraço Cultural, Instituto de Reintegração do Refugiado (ADUS), entre outras, que contribuem para a inserção social e econômica de refugiados.
Vídeo Ela nadou 3 horas e salvou um barco todo: a história real de ‘As nadadoras’. Disponível em: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/12/13/as-nadadoras-conheca-historia-da-refugiada-yusra-mardini.htm
Lista de organizações parceiras da ACNUR para o acolhimento de refugiados no Brasil. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/acnur-no-brasil/organizacoes-parceiras/
Lista de filmes sobre refugiados. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/2020/04/23/oito-filmes-para-entender-os-desafios-enfrentados-pelos-refugiados/
Artigo: O que move migrantes e refugiados? Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/o-que-move-migrantes-e-refugiados/
Reportagem: Equipe olímpica de refugiados vai à Tóquio com 29 atletas. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2021-07/equipe-olimpica-de-refugiados-vai-toquio-com-29-atletas