Vivemos em um mundo sombrio e contraditório. Somos, hoje, aproximadamente 7,6 bilhões de humanos coabitando um espaço comum. Destes, 258 milhões de pessoas – ou 3,4% da população do planeta – moram fora dos seus países de origem. Alguns, pouco mais de 150 milhões, se deslocaram em busca de atividade laboral. Outros 25 milhões, por imposições alheias à própria vontade e aos seus projetos de vida, foram forçadamente deslocados e atravessaram fronteiras internacionais: no país de destino, ao final de um longo processo jurídico, receberam o reconhecimento, a chancela, do refúgio internacional.
Desse total de refugiados, 55% proveem da Síria (5,5 milhões), Afeganistão (2,5 milhões) e Sudão do Sul (1,4 milhão). Entre os países que mais recebem os refugiados, destacam-se a Turquia (3 milhões), seguida do Paquistão (1,5 milhão) e do Líbano (1 milhão), de acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados. Esses dados ainda contabilizam que três milhões de pessoas estão na condição de solicitantes de refúgio, aguardando, sem definição, uma resolução jurídica do destino geográfico de suas vidas.
Somam-se a essa demografia internacional cerca de 40 milhões de pessoas expulsas dos seus lugares de origem e que, por variadas motivações, permanecem no próprio país. O quantitativo de deslocados internos representa 58,5% de todo o deslocamento forçado mundial. Dentro desse panorama geral, 52% são menores de 18 anos; ou seja, são crianças e adolescentes.
Gislene Santos
Departamento de Geografia,
Grupo de Estudos em Espaço e População,
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.
Doença causada pelo parasita Toxoplasma gondii atinge milhões de brasileiros, com consequências graves para a saúde pública. Pesquisadores estão propondo alternativas de tratamento para acelerar o processo de descoberta de novos medicamentos e assim beneficiar os pacientes.
A exploração do espaço voltou a ganhar momento, com a entrada em cena não só de novas agências espaciais, mas também de empresas que exploram comercialmente essa atividade. A tensão ideológica que marcou esse campo foi substituída pela cooperação
O mercado de sementes modificadas e dependentes de pesticidas tóxicos à saúde e ao ambiente está cada vez mais concentrado em algumas poucas megaempresas. É essencial visibilizar as formas de produção por trás do que comemos para alcançar alternativas saudáveis e justas
Há 50 anos, o lançamento do satélite Landsat-1 transformou nosso olhar sobre a superfície terrestre. Hoje, as técnicas de machine learning e deep learning promovem uma nova revolução, desta vez na “visão” dos computadores e no sensoriamento remoto do planeta
O uso de jogos de origem africana nas aulas pode ajudar a estabelecer um vínculo entre os alunos e a cultura e ciência desenvolvidas ou provenientes da África. Podem ser trabalhadas noções de geometria, aritmética e probabilidade, entre muitas outras
Relatos em primeira pessoa de mulheres negras que viveram a experiência traumática do tráfico transatlântico foram registrados em testamentos no século 19 e constituem um gênero literário já consolidado em outros países, que começa a ganhar espaço no Brasil.
“Aquilo que sabemos é pouco; o que não sabemos é imenso”. A frase atribuída ao cientista francês Pierre-Simon Laplace (1749-1827) cai sob medida para o quanto ainda desconhecemos sobre a diversidade dos protozoários, diminutos seres onipresentes na natureza
Por que insetos caminham sobre a água? Por que se forma o orvalho? A explicação para esses fenômenos começou ainda na Antiguidade. Hoje, a ciência das interações intermoleculares tem aplicações na medicina e na indústria – e no cotidiano
A macroecologia é uma área multidisciplinar que estuda padrões de biodiversidade em grande escala. Essa disciplina inovadora tem também ajudado nos estudos sobre mudanças climáticas, como ferramenta para a elaboração de políticas de sustentabilidade.
Entender a natureza dos fatores envolvidos na origem desse transtorno mental pode ajudar na busca por novas formas de tratamento. Evidências mostram que intervenções sobre o sistema imune podem beneficiar alguns pacientes com essa condição psiquiátrica
À primeira vista, periódicos científicos de acesso aberto parecem ter surgido com um propósito nobre: democratizar o conhecimento científico. Mas eles têm um lado ‘sombrio’: para publicar artigos nessas revistas, em geral, é preciso pagar altas somas em moeda estrangeira.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |