Na resenha que realiza sobre o livro O despertar de tudo: uma nova história da humanidade, de David Graeber e David Wengrow, Lucas Cabral nos apresenta uma discussão sobre a trajetória da espécie humana, a partir do conceito de teleologia. Determinada visão de humanidade, herdeira do Iluminismo do século 18, hierarquizou as sociedades de acordo com suas capacidades tecnológicas, ou seja, de acordo com sua capacidade de intervir sobre a natureza (entendida como um conjunto do qual os seres humanos se encontram separados). Dessa forma, a história da humanidade seria a história do desenvolvimento dessas tecnologias, lida como um caminho linear e positivo. Por esse motivo, sociedades do presente com outros tipos de desenvolvimento tecnológico tendem a ser classificadas como atrasadas. A partir da presente resenha, podemos propor uma atividade pedagógica questionando essa teleologia, utilizando um conjunto de notícias bastante recente, relativo ao genocídio do povo Yanomami.
A entrevista Por menos lixo na Baía de Guanabara aborda a importância de desenvolver estratégias para o combate ao lixo no mar. Respondendo às questões da Ciência Hoje, Susana Vinzon, coordenadora do projeto Orla Sem Lixo, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro na orla da cidade universitária, relata ações desenvolvidas para diminuir o impacto do lixo na Baía de Guanabara. Assim, a entrevista possibilita explorar questões socioambientais, geográficas e aquelas pertinentes à preservação da diversidade do ecossistema marinho.
Na coluna ‘Cultura Oceânica’, o texto A poupança da natureza aborda a importância das Unidades de Conservação (UCs) em ambientes marinhos para a sustentabilidade. Ao exemplificar duas UCs de grupos de manejo distintos, o texto possibilita o aprofundamento de conceitos sobre unidades de conservação para a compreensão desta estratégia de preservação/conservação contextualizando debates que perpassam as disciplinas biologia e geografia.
O texto Fogo: da catástrofe à conservação ambiental é rico por contextualizar a relevância e o papel do fogo sob uma ótica pouco explorada. A partir deste texto em que o fogo é tratado como um ativo ambiental, é possível criar estratégias didáticas investigativas para abordar conhecimentos da biologia e de outras disciplinas, especialmente a geografia.