No grande mundo dos insetos, as moscas ocupam o quarto lugar em número de espécies. Elas sempre foram vistas como responsáveis por problemas de saúde pública, por carregar em seus corpos vários microrganismos que podem causar doenças muito graves no homem. Nos últimos tempos, porém, elas vêm exercendo um novo papel: seu uso na elucidação de crimes e em terapias larvais vem fazendo com que sejam vistas com outros olhos por pesquisadores e mesmo pela população.
Várias espécies de moscas podem ser encontradas, com maior ou menor freqüência, no interior de residências, em quartos, cozinhas, mercados, feiras livres etc. Alguns pesquisadores observaram que, em condições normais de vida, a mosca doméstica pode transmitir diversos agentes patogênicos, como vírus, bactérias do gênero Rickettsia (causadoras de febre tifóide e outras doenças), alguns protozoários, outras bactérias e ovos de helmintos (vermes parasitos).
Certas moscas-varejeiras (família Calliphoridae) também podem ser consideradas moscas de ambientes urbanos e de áreas domésticas. Embora de tamanho semelhante ou pouco maior que o da mosca doméstica (entre 6 e 9 mm), elas têm diferenças marcantes: apresentam cores metálicas (azul, verde, violeta e cobre) e alimentam-se de matéria animal em decomposição.
Leonardo Gomes e
Cláudio José Von Zuben ,
Laboratório de Entomologia Forense,
Departamento de Zoologia,
Universidade Estadual Paulista (em Rio Claro).
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O mesmo arquivo traz ainda o artigo “Manejo de cipós na Amazônia”,
também publicado este mês na seção Primeira Linha.