Pergunta enviada pela leitora Bia Trovato, por correio eletrônico
Os cremes faciais antienvelhecimento podem ser divididos em cosméticos, cosmecêuticos e remédios, e estes últimos têm comprovação científica quanto à sua eficácia.
Essa diferença muitas vezes não fica clara para o consumidor, mas é importante para o fabricante, pois cada uma dessas categorias tem requisitos variados para seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Antes da comercialização, os produtos devem ter comprovados a segurança e bons resultados no cuidado da pele.
Os cosméticos – por exemplo, os hidratantes comuns e as maquiagens – têm capacidade de limpeza e de manter a aparência saudável da pele. Devem ser seguros para o uso, mas não há necessidade de estudos clínicos específicos para registro e venda.
Os cosmecêuticos são aqueles com propriedades terapêuticas. Estudos de segurança em pequenos grupos são obrigatórios antes da sua divulgação e comercialização. Nessa categoria, estão incluídas as maquiagens com filtro solar e os cremes divulgados em revistas femininas.
Os remédios são substâncias com comprovação científica de bom resultado terapêutico. Dentro dessa categoria, o creme antienvelhecimento apresenta melhora da estrutura da pele e redução de rugas, como comprovam estudos mais completos com grande número de pacientes.
Por outro lado, podem ter efeitos colaterais, como irritação e descamação da pele. Por isso, fazem parte de um tratamento e precisam de acompanhamento e prescrição médica.
Fabiane Mulinari Brenner
Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas,
Universidade Federal do Paraná
Texto publicado originalmente na CH 272 (julho/2010).