Não é novidade que a expansão rápida e desordenada das cidades tem causado a degradação de muitos rios. Além da poluição lançada em suas águas, a modificação do percurso dos rios e a pavimentação de suas margens afetam a diversidade desses ecossistemas e provocam alterações em sua dinâmica hidrológica que levam a inundações de áreas urbanas em períodos de chuva. A urbanização também contribui indiretamente para a degradação dos rios, ao reduzir a cobertura vegetal em seu entorno. Essas e outras questões são discutidas ao longo deste artigo, que também trata da possibilidade de recuperação de corpos d’água degradados.
O estabelecimento de organismos invasores em ecossistemas naturais é um dos mais graves problemas ambientais da atualidade. No Brasil, destaca-se o caso do mexilhão-dourado, molusco capaz de provocar grandes alterações nos sistemas hídricos invadidos, além de gerar impactos econômicos e sociais. A implantação de um método que integra o monitoramento ativo de áreas prioritárias, alta tecnologia laboratorial e o compartilhamento de informações entre gestores e usuários de bacias hidrográficas para detecção rápida da presença dessa espécie em águas brasileiras surge como opção eficiente de prevenção e combate a invasões.
Fractais correspondem originalmente a diagramas, figuras e esquemas visuais que se repetem em alguma escala – e alguns podem ser criados a partir de papel e lápis. Concebidos pela mente de um matemático franco-polonês, essas estruturas podem ser também compreendidas na forma de sons, como ocorre em uma das composições clássicas mais famosas do mundo.
Há 100 anos, no dia 3 de maio, nascia a Sociedade Brasileira de Ciências, nome da Academia até 1921. Aos olhos de hoje, a criação envolveu duas surpresas. A primeira foi que, embora a Europa – nossa referência política, econômica e cultural – estivesse envolvida em guerra sangrenta e boa parte dos cientistas das grandes potências ocidentais estivesse ocupada em desenvolver e aperfeiçoar armamentos, o que motivou a iniciativa foi a promoção da ciência e não a segurança nacional. A segunda foi que os fundadores optaram pelo formato de sociedade civil sem fins lucrativos num país de tradição estatocêntrica.
Terremotos não têm cores, mas a intenção do título é iluminar os sismos que acontecem no mar brasileiro, que não são raros nem desimportantes. Entre dezenas de abalos pequenos, também aparecem tremores com magnitudes expressivas, mostrando que muitos dos maiores sismos brasileiros aconteceram no mar. Como a base de nossos recursos petrolíferos está no oceano, não se pode desprezar o perigo potencial desses terremotos para as estruturas presentes tanto na costa como na água. Portanto, é essencial continuar estudando e monitorando a área oceânica de nosso país.