O melanoma é um tumor que normalmente se inicia na pele, mas pode gerar metástase em qualquer lugar do corpo. Apesar de agressivo, ele tem a vantagem de ser visível desde o início e, quanto mais cedo for diagnosticado, maior será a probabilidade de cura.
O tratamento mais indicado continua sendo a cirurgia. A novidade é que a margem de segurança aceitável para essa intervenção hoje é bem menor, variando de 1 cm a 3 cm dependendo da profundidade do tumor. Por exemplo, um melanoma que tenha até 1 mm de profundidade pode ter chance de cura de até 90%. No entanto, é importante frisar que um melanoma com menos de 1 mm de profundidade pode ter, em alguns casos, o tamanho visível de 5 cm a 10 cm.
Também foi desenvolvida uma cirurgia chamada ‘pesquisa do linfonodo sentinela’, que consegue detectar precocemente focos iniciais de metástase em linfonodos, conhecidos popularmente como gânglios ou ínguas. Além disso, há a quimioterapia, reservada para casos com metástase à distância (que é a disseminação de células malignas em qualquer parte do corpo longe do local do tumor inicial).
A imunoterapia, embora controversa por não apresentar muitos benefícios, pode ser adotada com uma droga chamada Interferon, aplicada basicamente em pacientes com metástase em gânglios. Já as vacinas são usadas apenas em pesquisa, pois não apresentam vantagem em relação ao tratamento convencional.
Os melhores tratamentos podem ser encontrados nos centros especializados nesse tipo de tumor: o Instituto Nacional do Câncer (Inca), na cidade do Rio de Janeiro, o Hospital do Câncer A. C. Camargo, na cidade de São Paulo, e os hospitais do Câncer de Barretos e Jaú (ambos em São Paulo).
João Duprat Neto
Departamento de Oncologia Cutânea,
Hospital A.C. Camargo (SP)