O HIV (pequenos pontos pretos), vírus causador da Aids, ataca células do sangue (imagem: Fiocruz)
Diagnóstico rápido de HIV
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou um acordo de transferência de tecnologia com uma empresa americana que permitiu ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) nacionalizar o teste rápido para identificação do vírus da Aids. A previsão é de que em 2007 o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids passe a gastar US$ 500 mil com o teste; metade do valor atual. No estágio inicial atual, a Fiocruz importa os insumos e finaliza a produção no Brasil, reduzindo o custo em 20%.
O teste rápido possibilita identificar a presença do HIV em apenas dois minutos – o que é importante, sobretudo, em grávidas, porque permite realizar ações para evitar a infecção dos bebês. O acordo permite, também, que o Bio-Manguinhos adapte a tecnologia do teste rápido de HIV em exames similares para diagnosticar outras doenças, como dengue e leishmaniose.
Em parceria com professores da Universidade Federal Fluminense (UFF), os pesquisadores do IOC comprovaram também que um agente químico do grupo dos diterpenos reprime a replicação do HIV-1. Agora, os pesquisadores das três instituições pretendem verificar se esse diterpeno é capaz de controlar a replicação de ambos os agentes infecciosos em macrófagos humanos.
“Vamos avaliar de forma mais precisa como um agente parasitário, no caso a Leishmania , influencia a evolução da infecção pelo vírus da Aids, e vice-versa. Mas é bom lembrar que todos esses experimentos são apenas o início, um primeiro passo, para o desenvolvimento de produtos químicos potencialmente inibitórios”, alerta Bou-Habib.
Pedro Gomes Ribeiro
Especial para Ciência Hoje/RJ