A ação anti-inflamatória da malva-silvestre (Malva sylvestris), usada popularmente para tratar afecções bucais, foi confirmada em testes feitos pela cirurgiã-dentista Alliete Loddi durante pesquisa desenvolvida no Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Paraná. Mas o mecanismo responsável pelo fenômeno ainda está sendo investigado. “Acredita-se que haja uma sinergia entre compostos presentes na planta, como flavonoides, antocianidinas, terpenoides e taninos”, enumera a pesquisadora.

Loddi utilizou extrato hidroalcoólico da planta – obtido a partir da maceração de suas folhas secas, misturadas a uma solução de etanol e água – para tratar inflamações provocadas experimentalmente em ratos, na região dos dentes molares. “Durante a pesquisa, obtivemos também evidências de uma possível ação cicatrizante do extrato”, conta Loddi.

M. sylvestris vegeta espontaneamente em regiões de clima ameno na América, África e Europa. No Brasil, é encontrada na região Sul. Por ser difundida em muitas localidades, é conhecida por diferentes nomes, como rosa-chinesa, gerânio-aromático e malva-das-boticas.

 

Guilherme de Souza
Especial para a Ciência Hoje/PR

Texto publicado na CH 267 (janeiro-fevereiro/2010)

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