O mosquito Aedes aegypti , transmissor da dengue. (foto: Genilton Vieira/Fiocruz)
Modelo de difusão espacial proposto para a epidemia de dengue ocorrida em 2001 na mesorregião de São José do Rio Preto (SP). Clique na imagem para ampliá-la. Crédito: Marco César Ferreira.
A metodologia proposta por Ferreira fornece outra análise dos focos. “Em vez de mapas estáticos, relativos a determinados instantes da epidemia, uma sucessão de mapas digitais mostra a dinâmica da evolução da doença no espaço e no tempo”, explica o geógrafo. “Percebemos então uma contigüidade espaço-temporal na concentração de casos, que indica que as novas ocorrências surgem preferencialmente segundo alinhamentos regionais, sugerindo o tráfego da doença entre os municípios.”
O pesquisador ressalta que, em vez de realizar o combate à doença de forma indiscriminada, este poderia ser direcionado para municípios em posições estratégicas da rede de transportes associadas a roteiros futuros da dengue. “A partir do surgimento dos primeiros casos em determinada cidade, seria possível prever para quais locais e em quanto tempo a epidemia vai evoluir, antecipando assim as providências para combatê-la”, conclui.
Ciência Hoje/RJ