A sensação térmica é calculada por meio de duas medidas: a temperatura e a velocidade do vento. Existem equipamentos que conseguem medir a temperatura do ambiente, mas essa temperatura é diferente da nossa sensação térmica; ou seja, a sensação de calor ou frio que sentimos na pele é diferente daquela que é divulgada pelos jornais e TVs na previsão do tempo. O cálculo é feito por meio de uma grande fórmula matemática que considera os valores de velocidade do vento e da temperatura do ambiente.
Mas por que a temperatura do ambiente é diferente da sensação térmica? Na sensação térmica, entram alguns outros ‘personagens’ que alteram a temperatura do ambiente. Os principais são o vento e a umidade.
O que realmente acontece é que o nosso corpo espalha ou lança calor de dentro para fora até a pele, fazendo com que ela fique mais quente. Quando o vento entra em contato com a pele, ocorre uma troca de temperaturas, como se ele estivesse roubando o calor da pele. É por isso que assopramos quando queremos esfriar uma comida, para que o ar retire calor dos alimentos, deixando-os mais frios.
Na nossa pele, essa troca com o ar acontece diversas vezes, sendo mais frequente quando o vento for muito rápido. Por isso, quando venta muito, tem-se a sensação de que o ambiente está mais frio, porque o corpo esfria mais rapidamente.
Por outro lado, dias bastantes úmidos e quentes podem aumentar a sensação de calor: quanto mais úmido é o ambiente, mais vapor de água existe na atmosfera. O corpo transpira para baixar sua temperatura e sentir menos calor. Mas, quando o ambiente está muito úmido, o organismo sua menos, uma vez que há maior quantidade de água no ar. E, ao transpirar menos, ele fica menos frio, aumentando a sensação de calor.
Raphael de Souza Rosa Gomes
Departamento de Ciência da Computação
Universidade Federal de Mato Grosso