CRÉDITO: ADOBE STOCK

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A relação entre o tamanho dos braços dos dinossauros e resto de seus corpos tem sido estudada por paleontólogos ao longo dos anos. Quando pensamos nos membros superiores curtos desses animais, lembramos, imediatamente, dos bracinhos do Tyrannosaurus rex ou do Carnotaurus sastrei. A linhagem dos dinossauros com braços curtos, e que inclui essas duas espécies, é a dos terópodes, grupo que deu origem às aves. Ao olharmos para a relação de crescimento dos elementos do corpo como um todo (chamado de alometria), observamos que, em dinossauros terópodes, existe uma curiosa relação: geralmente animais com cabeça pequena possuíam braços e pescoço alongados, enquanto aqueles com cabeça grande tinham braços e pescoço mais curtos.
Isso ocorre, muito provavelmente, por fatores genéticos que foram favorecidos ao longo dos milhões de anos pela seleção natural (o principal mecanismo que leva os organismos a evoluírem). Por exemplo, quando olhamos para a linhagem dos tiranossauros, vemos que as primeiras espécies, do período Jurássico (entre 200 e 145 milhões de anos atrás) eram dotadas de uma proporção diferente da dos animais do período Cretáceo (145 a 66 milhões de anos atrás), apresentando braços mais compridos e cabeças menores. A evolução favoreceu o aparecimento de crânios mais robustos e maiores para uma forma de predação diferente daquelas dos primeiros animais. Em contrapartida, provavelmente houve uma compensação genética que favoreceu a diminuição dos braços nas espécies mais recentes. Infelizmente, não é possível termos certeza disso porque os fósseis de dinossauros não preservam material genético (nada de Jurassic Park!). O tipo de estudo que trabalha com essas questões é chamado de Evo-Devo (evolução e desenvolvimento) e aproximações com os parentes mais próximos dos antigos dinossauros podem ajudar a desvendar esse mistério.
Mas os braços desses dinossauros eram funcionais? Se o material fóssil for bem preservado, marcas de musculatura são visíveis nos ossos. Então é só aplicarmos uma técnica de comparação entre dinossauros extintos e seus parentes mais próximos viventes (aves e crocodilianos) para fazermos a inferência da musculatura no bicho extinto. A partir daí, utilizamos a física para calcularmos os valores dos braços de alavanca de cada músculo e suas vantagens mecânicas. Bingo! Agora podemos saber qual era a melhor postura, centro de gravidade e como os músculos se mexiam nos dinossauros. Podemos até saber se os braços do tiranossauro eram fortes ou não. E de fato eram! Os tiranossauros, apesar dos bracinhos, eram bem musculosos e podiam levantar grandes pesos. Já o carnotauro não tinha quase força nos braços e estes eram bem vestigiais, provavelmente eram utilizados para exibição, como uma dança de acasalamento ou para intimidar oponentes.
No caso desses dois animais, cabe uma comparação interessante: no tiranossauro as partes mais distais do antebraço (os dedos, rádio e ulna) eram bem alongados em relação ao úmero (o principal osso do braço). No carnotauro era o oposto. Essa diferença de proporção era observada basicamente nos grupos dos quais eles fazem parte: o tiranossauro no grupo dos celurossauros (Coelurosauria) e o carnotauro no grupo dos ceratossauros (Ceratosauria). Apesar de serem relativamente parecidos, eram parentes distantes dentro das linhagens dos dinossauros carnívoros. Em termos atuais, uma analogia, embora não tão precisa, seria de que esse parentesco se assemelha ao de um lobo e um urso.
Ainda há muita coisa para aprendermos sobre a evolução e biologia dos dinossauros. Mas a cada fóssil encontrado, mais um tijolo de conhecimento é colocado na parede da paleontologia.
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