Em 2001, pesquisadores da empresa norte-americana IBM conseguiram posicionar átomos de cobalto (azul) em uma superfície de cobre (vermelha), formando uma espécie de ‘curral quântico’ elíptico, com cerca de 20 nm de largura. Essa ‘cerca’ atua como refletor dos elétrons superficiais do cobre, confinando as ondas eletrônicas, que passam a emergir apenas nos focos da elipse. A tecnologia atual ainda é incipiente para explorar esse fenômeno para fins práticos. Foto: D. Eigler Etal / IBM (2001).
Assim, extrapolando a prospecção sobre nanotecnologia feita, ainda em 1994, nesta revista (ver ‘Dispositivos eletrônicos em escala atômica’ em Ciência Hoje n o 106), veremos, nas próximas décadas, o surgimento de uma nova eletrônica e das máquinas moleculares. Poderá ser, portanto, a era da nanotecnologia molecular, na qual o homem estará projetando e construindo nanomáquinas tendo como exemplo a própria natureza, dona de tecnologias nanométricas aperfeiçoadas ao longo de bilhões de anos.
Henrique E. Toma e Koiti Araki
Laboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia,
Instituto de Química,
Universidade de São Paulo.